Foi em 1983 que Alexandre Calheiros Ferreira, Engenheiro técnico agrário, adquiriu a centenária Quinta da Caridade, em Pontével, e se dedicou, inicialmente, à criação de cavalos lusitanos, tendo mesmo sido campeão nacional da raça em 1999.
É nestes cerca de cinquenta hectares da propriedade, que além da produção de frutos secos, citrinos, kiwis, e ovinos, se produz também o vinho tinto “Adega da Caridade”, o resultado elaborado, e cuidado, do dedicado trabalho a um hectare de vinha, exclusiva, que reúne as castas Aragonês, Cabernet Sauvignon e Trincadeira.
A forte exclusividade que marcou o nascimento deste projeto continua presente. O interesse crescente demonstrado por quem prova “Adega da Caridade”, tornou imprescindível dar a conhecer o vinho, não só em restaurantes e pequenas garrafeiras gourmet, como também através da criação de uma loja online, de forma a partilhar este produto único com um público mais alargado.
Toda a dedicação se verifica também ao nível da produção da imagem dos rótulos, com aguarelas exclusivas do pintor António Saiote, artista plástico alentejano, detentor de um olhar muito especial sobre as nossas raízes rurais e no qual perpassa toda a paixão pelas paisagens do campo português.
Com um hectare plantado e 3.500 videiras, a Quinta da Caridade engarrafa entre quatro a cinco mil unidades por ano, numa edição limitada que já conquistou o prémio Recommended Wine Leaf, do Wine Masters Challenge.
Depois de um período de fermentação de oito dias, em cuba inox cilíndrica, a 23ºC, o vinho estagia durante 18 meses, integralmente, em carvalho francês. É posteriormente engarrafado com rolhas de cortiça de fabrico e produção nacionais, pertencendo à região demarcada do Tejo (DOC do Tejo).
Cada uma das quatro a cinco mil garrafas produzidas reúne em si um conjunto de virtudes que despertam os sentidos de quem tem o privilégio de o provar.
A apreciação de José Alcides Rocha, enólogo da Adega da Caridade, descreve-o uma cor granada profunda, com aromas concentrados de ameixas negras em compota, especiarias e folha de tabaco. Na boca sente-se uma macieza inicial à qual se sucede uma frescura equilibrada, num conjunto que se mostra elegante e de enorme persistência.